A Parábola do Fariseu e do Cobrador de Impostos: Lições de Humildade e Justiça

Na época em que Jesus contou a parábola do fariseu e do cobrador de impostos, a sociedade judaica estava dividida em diferentes grupos religiosos, cada um com suas crenças e práticas. 

De um lado, os fariseus eram líderes religiosos que as pessoas consideravam e respeitavam. Além disso, eram observadores de leis e tradições judaicas. 

Por outro lado, havia os publicanos ou cobradores de impostos, geralmente, vistos como traidores e pecadores. Essa fama existia, pois muitos deles colaboravam com o domínio romano e frequentemente cobravam mais do que o necessário, enriquecendo-se à custa do povo. 

Foi nesse contexto que Jesus compartilhou essa parábola para ensinar lições importantes sobre humildade, justiça e a verdadeira forma de servir a Deus.

Neste artigo, conversaremos sobre essa parábola e mostraremos cinco lições que podemos extrair dessa história.

A Diferença entre um Fariseu e um Cobrador de Impostos

O fariseu era alguém que se destacava por sua aparente retidão. Na parábola, ele é descrito como alguém que jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo o que possuía (Lucas 18:12). 

Por outro lado, o cobrador de impostos era apenas um pecador, alguém impuro e desprezado pela sociedade. Em contraste com o fariseu, o cobrador de impostos não se considerava digno de levantar os olhos para o céu e batia no peito em sinal de arrependimento (Lucas 18:13). 

No entanto, essa atitude humilde revela sua consciência de sua própria falibilidade e pecaminosidade.

Por que os Fariseus não Gostavam dos Publicanos?

Os fariseus não gostavam dos publicanos porque os consideravam pecadores e traidores de sua própria nação. 

Além disso, os cobradores de impostos frequentemente extorquiam mais dinheiro do que o necessário para enriquecerem à custa dos seus compatriotas. Isso causava ressentimento e desconfiança entre o povo. 

Podemos confirmar essa animosidade entre esses dois grupos em algumas passagens bíblicas como Lucas 5:30-32; Mateus 9:9-13; Lucas 15: 1,2; Mateus 18:17; Lucas 18:11.

A verdade é que a postura dos fariseus era de separação, evitando qualquer contato com aqueles que consideravam impuros. 

Jesus, por outro lado, mostrava compaixão e acolhimento a todos, inclusive aos publicanos, ensinando que a misericórdia é fundamental para se aproximar de Deus.

A Oração do Cobrador de Impostos

A oração do cobrador de impostos é uma lição poderosa sobre humildade e arrependimento. Ao contrário do fariseu, que se exaltava e se vangloriava de suas boas obras, o cobrador de impostos reconhecia sua própria indignidade diante de Deus. 

A simples frase “Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lucas 18:13) reflete sua humildade e sua consciência de que não era merecedor do favor divino. Essa oração demonstra disposição para se arrepender e buscar perdão.

Lições práticas da parábola do fariseu e do cobrador de impostos

Agora que compreendemos um pouco mais sobre essa parábola e o seu contexto, vamos conhecer algumas lições que podemos extrair dessa metáfora. Confira:

1. A importância da humildade

A parábola nos ensina que a humildade é uma atitude essencial para nos aproximarmos de Deus. Por isso, reconhecer nossas fraquezas e pecados é o primeiro passo para buscar o perdão e a transformação interior.

2. A verdadeira justiça

Enquanto o fariseu confiava em suas próprias ações para se sentir justo, o cobrador de impostos buscava a justiça de Deus por meio do arrependimento. Assim, a verdadeira justiça não está em nossas obras, mas em reconhecer a justiça de Deus e buscar Sua misericórdia.

3. O perigo da autojustificação

A parábola nos alerta sobre a armadilha da autojustificação. Por isso, ao nos considerarmos superiores aos outros por nossas ações aparentemente boas, corremos o risco de nos afastar de Deus e cair no orgulho.

4. Amor e misericórdia para todos

Além disso, Jesus mostrou que a compaixão e o amor de Deus estão disponíveis a todos, independentemente de sua condição social ou pecados passados. Logo, devemos seguir esse exemplo e tratar os outros com misericórdia e bondade.

5. A Necessidade do arrependimento

A atitude do cobrador de impostos nos lembra da importância do arrependimento genuíno. Assim, ao reconhecermos nossos erros e nos voltarmos para Deus, Ele está pronto para nos perdoar e nos transformar.

Enfim, a parábola do fariseu e do cobrador de impostos nos convida a refletir sobre nossa postura diante de Deus e dos outros. 

Ela nos ajuda a entender que a humildade, o amor e a busca pela justiça divina são fundamentais para uma vida espiritual significativa. 

Além disso, aprendemos que nossa confiança não deve se basear em nossas obras, mas em nossa dependência de Deus. 

O mais importante agora é praticarmos essas lições em nosso cotidiano para nos alinharmos à vontade de Deus.

Para continuar aprendendo lições como essa, leia também:

Sobre o Autor

Josiane Silva
Josiane Silva

Olá, eu sou a Josiane Silva, mãe, avó e procuro servir a Deus. Amo estudar a bíblia para compreender o comportamento humano. Afinal podemos aprender muito com as histórias dos outros, não é mesmo? Como gosto muito de ler e de escrever, também trabalho como redatora freelancer.

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