A história da mulher sunamita relatada no livro de 2 Reis 4: 8-37, nos ensina grandes e preciosas lições. Sunamita era uma mulher rica, casada com um homem já idoso e moravam na cidade de Suném, a qual significa lugar de repouso, localizado no sul da Galiléia, ao sudeste do monte carmelo.
Conta-nos a bíblia sagrada, que Eliseu ficou hospedado muitas vezes neste lar acolhedor e que um dia, essa mulher vendo que o profeta Eliseu passava por ali, resolveu chamar o seu marido, para que construíssem um quarto para o profeta. Essa atitude de generosidade e amor, trouxe algo que faltava na vida daquele casal, ou seja, Deus lhes presenteou com um lindo e abençoado filho.
A vida da mulher sunamita, apesar de não ser somente um mar de rosas, em todos os momentos aprendemos muito com suas qualidades e virtudes peculiares, demonstrando realmente que ela era uma serva de Deus.
Apesar de seu nome não ser mencionado, sua história nos inspira a sermos generosas, submissas, gratas e agir com muita prudência e sabedoria mesmo nos momentos mais sombrios de nossas vidas.
Para isso te convido a juntos mergulharmos nas principais lições de vida e fé da mulher sunamita, e assim, sermos mais edificados.
1. A Sunamita era rica
“Sucedeu também certo dia que Eliseu foi a Suném, onde havia uma mulher rica que o reteve para comer pão;” (2 Reis 4:8a)
A riqueza da mulher sunamita não se tornou egoísta ou presunçosa, mas ela usou seus recursos para abençoar e servir aos outros. Isso ressalta a ideia de que a verdadeira riqueza não está apenas na posse de bens materiais, mas também na disposição de compartilhar e abençoar os outros com o que temos.
Essa lição nos encoraja a considerar como podemos usar nossos recursos, sejam eles grandes ou pequenos, para fazer o bem aos outros e para servir aqueles que estão ao nosso redor. A generosidade e o serviço são valores universais que transcendem as estatísticas financeiras e que podem trazer vitórias tanto para quem dá quanto para quem recebe.
2. A sunamita era generosa
“E todas as vezes que ele passava por ali, lá se dirigia para comer pão. (2 Reis 4:8b)
Todas vezes que o profeta passava por ali, a mulher sunamita lhe dava pão, saciando a sua fome.Essa atitude da mulher demonstra a generosidade e a hospitalidade dela. Aprendemos aqui, a importância da generosidade e da disposição para servir os outros.
A mulher sunamita não apenas recebeu a presença do profeta, mas também agiu de maneira generosa, oferecendo-lhe comida e um lugar para descansar. Essa generosidade vai além dos simples atos de caridade; ela reflete uma disposição constante de compartilhar o que se tem com os outros.
Essa lição nos inspira a sermos generosos em nossas interações diárias, não apenas fazendo por obrigação, mas expressando uma disposição óbvia de ajudar e servir aos que estão ao nosso redor.
Ao seguir o exemplo da mulher sunamita, somos desafiados a abrir nossos corações e recursos para abençoar os outros, reconhecendo que a generosidade é uma expressão tangível do amor e compaixão que podemos oferecer aos que cruzam nosso caminho.
3. A Sunamita tinha visão espiritual
“E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.” (2 Reis 4:9)
A mulher sunamita possuía visão espiritual, era uma mulher observadora. Vemos que ela identificou que aquele homem que passava, não era simplesmente um homem comum, mas era um santo homem de Deus.
Aprendemos aqui o segredo da mulher sunamita, a visão espiritual. O quão importante é nós estarmos com nossa visão espiritual aguçada, sermos como águias, enxergamos pela ótica divina. Assim, não seremos enganados, mas pelo contrário, seremos grandemente abençoados.
4. A sunamita era submissa
“Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto sobre o muro;” (2 Reis 4:10a)
A submissão é uma qualidade valiosa da mulher sunamita, e que nos dias em que vivemos, é algo que está quase em extinção. As mulheres, não querem mais ser submissas ao seu marido, honrando como a bíblia sagrada nos ensina.
Contudo, o que vemos aqui é que a mulher sunamita respeitava o seu esposo, lhe sendo submissa. Ela poderia simplesmente, dizer, vou construir, vou fazer, pois ela era rica, tinha condições financeiras. No entanto, a bíblia sagrada nos mostra que ela, chamou o seu marido, para juntos, amadurecerem a ideia e então executarem.
O que ela nos ensina aqui é que a mulher pode ter ideias, ser criativa, ousada, contudo, ela precisa respeitar o seu marido, como a bíblia sagrada ensina, pois ele é o cabeça do lar.
“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.” (Eclesiastes 4:9)
5. A mulher sunamita era detalhista
“Ponhamos-lhe ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, quando ele vier a nós se recolherá ali.” (2 Reis 4:10b)
A quinta lição que aprendemos com a sunamita é, não queira apenas servir, mas sirva com excelência.
A mulher sunamita resolveu oferecer um lugar mais confortável para o profeta Eliseu, então ao construir o quarto ela pensou em todos os detalhes. Ela era uma mulher caprichosa, que presava pelos detalhes. Esse tipo de acomodação, nos tempos bíblicos era extremamente valioso, pois as hospedarias e acomodações públicas eram precárias ou inexistentes.
Contudo, ao olharmos essa virtude da sunamita, aprendemos que quando nos dispusermos a fazer algo, seja para um conhecido ou desconhecido, não importa, faça de todo o seu coração.
Assim, como Paulo nos ensina aos Colossenses 3:23, que tudo o que fizermos, devemos fazer como que para Deus e não aos homens.
6. A atitude generosa da Sunamita gerou o seu milagre
“Então disse ele: Que se há de fazer por ela? E Geazi disse: Ora ela não tem filho, e seu marido é velho. Por isso disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta. E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu SENHOR, homem de Deus, não mintas à tua serva.” (2 Reis 4:14-16)
Sempre que fizermos algo de todo nosso coração, com sinceridade, pureza, sem esperar nada em troca, Deus é fiel e justo para nos recompensar.
Que lição valiosa que a sunamita nos ensina, sobre a generosidade, onde sua atitude, gerou o seu milagre. Talvez um sonho antigo, que ela já havia superado, ou até mesmo se conformado.
Mas Deus que sonda o íntimo dos nossos corações, conhecia a sua maior necessidade. Ela não tinha herdeiro, ela não era mãe, então Deus se lembrou dela, usando o profeta Eliseu para profetizar e ordenar a benção da maternidade à ela.
7. A mulher sunamita não se conformou com a morte do seu sonho
“E ele o tomou, e o levou à sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio dia, e morreu. E subiu ela, e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou a porta, e saiu. E chamou a seu marido, e disse: Manda-me já um dos moços, e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus, e volte.” (2 reis 4:20-22)
A mulher sunamita enfrenta agora, a sua dor mais terrível, seu filho tão sonhado e desejado, está morto. Porém, com muita fé e ousadia ela não se conforma, mas em uma atitude de fé, ela se levanta e vai em direção ao profeta.
Aprendemos aqui com a sunamita, que momentos terríveis muitas vezes é necessário passarmos, para que haja testemunho. Portanto, não se conforme com a morte de seu sonho, mas se levante e vá em direção do seu milagre. Pare de ficar se lamentando, mas faça o que está em suas mãos para ser feito.
8. A mulher sunamita era sábia
E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.” (2 Reis 4:23)
Vemos o quão sábia era aquela mulher, mesmo com seu filho morto, ela prefere dizer que tudo ia bem. Imagine comigo, se ela conta o que havia acontecido para o seu esposo, ele já era velho, talvez não tivesse o mesmo controle emocional que ela. Ela exerceu o domínio próprio, mantendo o controle emocional, para primeiro ver qual seria o verídito do homem de Deus.
Acredite, nossas palavras tem poder, a sunamita ao falar vai tudo bem, estava declarando: Meu filho está morto, mas vai ressuscitar! Meu filho está morto, mas quem me deu é fiel para trazê-lo a vida!
Ela não saiu se lamentando, mas declarando que ia tudo bem, esse foi o grande segredo da sunamita.
A lição que aprendemos aqui com a sunamita é, mantenha seu controle emocional, vigie com suas palavras, não cause uma tempestade em um copo de água. Tenha certeza antes de agir, converse com Deus, busque Sua direção, assim você obterá sua vitória e aquela dor será testemunho de milagre.
9. A sunamita reconhecia a unção que estava sobre o profeta Eliseu
“Porém disse a mãe do menino: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se levantou, e a seguiu.” (2 Reis 4: 30)
Após o seu filho morrer, a sunamita se levanta e vai até onde estava o homem de Deus, esta atitude já nos ensina uma lição valiosa, que não devemos contar nosso problema para qualquer um, mas ir até a pessoa certa.
Quando ela se encontra com o profeta Eliseu, ela não queria o moço do profeta, mas sim Eliseu, pois ela reconhecia a unção que estava sobre ele. Eliseu, era um santo homem de Deus, carregava a autoridade dos céus sobre a sua vida.
Deixa eu te falar algo aqui, minha amada(o), quando você estiver enfrentando um problema, mesmo que pareça insolúvel, vá até a pessoa certa. Essa pessoa é Jesus de Nazaré, somente Ele tem a solução, para o seu problema. Derrame suas queixas aos pés daquele que tem todo poder no céu e na terra.
10. A sunamita reconhecia o poder da gratidão
“E entrou ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.” (2 Reis 4:37)
Acredite a gratidão tem um poder transformador nas nossas vidas. Bem sabemos que a sunamita não demonstrou a sua virtude de gratidão, somente nesse momento de grande alegria e vitória, após a ressurreição do seu filho. Mas ela já havia demonstrado ter um coração grato, quando alimentou o profeta e deu lhe um lugar para descansar.
O interessante aqui é que a sunamita recebeu a dádiva de ser mãe pelo poder da gratidão, e agora que ela tem seu filho de volta aos seus braços ela se prosta e adora.
Que lição maravilhosa, o poder da gratidão.
Que nossa oração seja, pedindo à Deus um coração mais grato e cheio de amor.
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